Ferraz Fontes estava aposentado da instituição e era o secretário de Administração de Praia Grande.
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes disse há duas semanas a rádio CBN de São Paulo que vivia “com estrutura nenhuma” de segurança na Praia Grande. Ele foi executado no início da noite desta segunda-feira na cidade do litoral paulista. O ex-delegado estava aposentado da polícia civil e era o secretário de Administração de Praia Grande desde 2023.
Quando estava na ativa, estava capitaniando as investigações sobre a atuação do PCC, o Primeiro Comando da Capital.Em entrevista recente Ferraz afirmou que: “Desde 2002 fui encarregado de fazer investigações relacionadas especificamente com o PCC (…) eu tenho proteção de quem? Eu moro sozinho na Praia Grande, que é o meio deles. Eu não tenho estrutura nenhuma.”
O crime foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o carro conduzido pelo delegado batendo em dois ônibus antes de tombar. Após o veículo ficar tombado, três homens armados descem de outro veículo com fuzis. Eles vão até o carro e disparam contra o delegado. Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022, durante a gestão de João Doria. Ele já chefiou a delegacia de roubo a bancos do Deic e o Departamento de Polícia da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Denarc e DHPP.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que determinou a integração de uma força-tarefa para prender os criminosos. Ele disse ainda que o procurador-geral de Justiça ofereceu o apoio do GAECO, o Grupo Especial de Atuação de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público.
