Damião em coletiva diz que ruptura entre União e governo não muda relação com Lula.

Prefeito participou de cerimônia, neste sábado (20), para entrega de documentação habitacional para 566 famílias.

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), rejeitou uma possível ruptura na relação com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a saída do União Brasil do Palácio do Planalto. O chefe do Executivo municipal comentou sobre o assunto na manhã deste sábado (20), durante uma cerimônia de entrega de documentação de imóveis a 566 famílias do bairro Novo Aarão Reis, na região Norte da cidade.

Na sexta-feira (19), o ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou a Lula que deixará a pasta após dois anos. Ele foi “forçado”, assim como outros filiados, pela cúpula do União a deixar cargos no governo. Esse movimento marca o início do desembarque da sigla e sua oposição à gestão petista.

Questionado sobre os momentos tensos na capital federal, Damião garantiu que manterá as relações com o Planalto. “A minha relação com o presidente Lula é republicana. Assim como tenho relação com ele, também tenho com Zema. Eu sou prefeito de Belo Horizonte, preciso manter relações com todos eles. Eu quero olhar para as pessoas da cidade, e isso não é uma questão partidária”, disse Álvaro.

Desde agosto, o prefeito de BH e o presidente já se encontraram em três ocasiões, sendo a última vez nesta semana, quando os dois assinaram um convênio que prevê R$ 742 milhões para obras de saneamento e aquisição de ônibus elétricos, menos poluentes para a capital mineira. Durante o encontro, inclusive, Lula garantiu apoio à BH.

Álvaro Damião ainda fez uma crítica indiretamente, ao ex-prefeito de BH, Alexandre Kalil (PDT). O ex-presidente do Atlético tinha uma ruptura pública com o governador Romeu Zema (Novo) e mantinha críticas duras ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobretudo durante e após a fase aguda da pandemia de Covid-19.

“Quem é prefeito faz relação com o governador, com o presidente da República, independentemente do partido do presidente ou do governador. Belo Horizonte sofreu muito nos últimos anos por fazer diferente. O que Belo Horizonte fazia? O governador não conversava com o prefeito, o prefeito não conversava com o presidente, o presidente não conversava com o governador. Cadê o metrô até a sua casa? Não tem. Cadê ônibus de qualidade? Também não tem. Agora, você vai ter, inclusive ônibus elétricos. Sabe por quê? Porque o prefeito conversa com o presidente da República”, disparou Damião.

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Leandro Assis

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