Nome escolhido pela direita divide opiniões
A dez meses das eleições, pode-se dizer que há apenas um candidato dado como certo na corrida ao Palácio do Planalto: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tentará se reeleger para o seu quarto e último mandato.
E se tratando dos partidos de esquerda e centro-esquerda, como PCdoB, PSB e PDT, não deverá haver resistências para que o nome do presidente seja o principal, e talvez o único, desse campo político a se lançar com algum nível de competitividade.
Lula lidera as pesquisas de intenção de votos, seja qual for o adversário. Após um primeiro semestre difícil em 2025, em que passou a maior parte do tempo tentando conter crises, como a do Pix e a do INSS, o presidente teve uma recuperação de sua popularidade a partir de julho, com a reação ao tarifaço imposto pelo presidente americano, Donald Trump.
Mas se por um lado é um trunfo ter uma figura com a força eleitoral de Lula, por outro, a esquerda segue convivendo com um antigo problema: a falta de outras lideranças. O futuro do PT e de seu campo político ainda é visto como incerto no “pós-Lula”.
Campo político da direita.
A direita vive uma situação oposta. Com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado e preso por tentativa de golpe de Estado, sobram nomes com projeção nacional, mas falta unidade. Uma das dúvidas é se haverá, de fato, uma candidatura de um membro da família Bolsonaro.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) se colocou como pré-candidato após o apoio vocalizado pelo pai. Porém, a indicação não foi bem recebida por grupos do centrão, além de ter gerado um impacto negativo no mercado financeiro. O nome de Flávio não é visto como competitivo por esses setores, que preferiam o nome de Tarcísio de Freitas, (Republicanos).
Os governadores do Paraná, Ratinho Jr (PSD); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); Goiás, Ronaldo Caiado (União); e Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), também são apontados como pré-candidatos e correm por fora segundo as pesquisas.
