Polícia investiga ligação entre suspeita e a suposta mandante, uma estudante acusada de mandar matar o próprio pai.
Uma das mulheres suspeitas de envolvimento na morte de um idoso com uma feijoada envenenada, no Rio de Janeiro, confessou ter matado dez cachorros para “testar” o inseticida usado no crime.
Segundo o delegado Halisson Ideiao, responsável pelo caso, os animais foram envenenados com terbufós, um agrotóxico usado como inseticida, proibido no Brasil e altamente tóxico.
Ana Paula Azevedo foi presa pela Polícia Civil de São Paulo, foragida em Guarulhos, acusada de matar outras três pessoas por envenenamento. O delegado afirmou ainda acreditar que Ana Paula seja uma “psicopata” e “serial killer”.
O crime no qual Ana Paula se envolveu ocorreu em abril deste ano, em Duque de Caxias. Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morreu após comer uma feijoada oferecida pela filha, Michele Paiva da Silva, de 43, estudante de Direito. Michele foi presa temporariamente nesta terça-feira (7), quando chegava à faculdade, na Zona Norte do Rio. O laudo médico apontou insuficiência respiratória aguda, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva como causa morte do aposentado.
Durante as investigações, a Polícia Civil de São Paulo informou aos agentes cariocas sobre a prisão de Ana Paula e a relação dela com Michele, filha da vítima, que seriam ex-colegas de faculdade.
“Verificamos que, no dia 24 de abril, Michele financiou a viagem de Ana Paula ao Rio de Janeiro. Ela pegou um ônibus, cometeu o crime e voltou para São Paulo. Ou seja, veio ao Rio apenas para isso”, disse o delegado Halisson Ideiao, em entrevista. O corpo de Neil foi exumado pela perícia nesta quinta-feira (9), no Cemitério Memorial do Rio, na Zona Norte, para que os peritos confirmem se a feijoada estava contaminada.
